sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

              A gente se acostuma com tudo na vida?

            Acho polêmico responder a essa pergunta, mas hoje estava pensando em algumas coisas que já me acostumei e já me desacostumei. Palavra interessante essa, desacostumar, olha lá ela no dicionário:

 desacostumar
de.sa.cos.tu.mar
(des+acostumar) vtd 1 Fazer perder um costume; desabituar. vpr 2 Perder o costume. Var: descostumar.

            Perder um costume é muito interessante, porque o costume é um lugar conhecido enquanto que perder “ele”, é um vazio, um local desconhecido e é isso que nos assusta.  Dentro desse conceito, observo o quanto o trabalho do yoga mexe com o nosso inconsciente de maneira sútil e ao mesmo tempo forte. Quando fazemos um ásana (postura) um novo trabalho de respiração, relaxamento, visualização. Enfim, qualquer uma das técnicas de yoga, quebramos um costume anterior e, criamos outro conscientemente, enviando dessa forma ao nosso inconsciente a mensagem de que somos capazes de nos recriarmos a cada momento. Aos poucos, muitos alunos comentam de mudanças naturais e eu mesma vivi e continuo vivendo isso, me sentindo sempre como uma metamorfose ambulante, morrendo e renascendo o tempo todo. Algumas vezes mais leve em outras, mais forte, porém, muito emocionante, para o meu temperamento, pois me sinto viva!
            Fácil, não, em algumas vezes não, como diz um amigo, trabalhoso, sim, muitas vezes dá trabalho mudar algo que já está enraizado, mas também quando superamos é uma grande vitória ver que é capaz de conseguir “mudar!” e se “superar”! Se libertando a cada dia mais de tudo o que não nos faz bem, lembrando que o natural é perfeito, é harmônico, é equilibrado como uma partitura de música. Olhe a natureza, ela segue naturalmente com a sua perfeição, se ajeitando a cada mudança, a cada ciclo e, sabiamente vai seguindo o seu fluxo.

            Quando permito a mudança, vejo que mantenho viva minha criança interior, que logo se desperta e tem algo novo a aprender, a viver!

            E você como andam seus costumes? Sua criança interior? Suas mudanças estão claras, conscientes, ou você faz tudo como de costume?